quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Finalmente minha viagem foi decidida.
Embarco no final desta semana para Chicago, no estado de Illinois.
Devo ficar fora um mês e por isso me despeço dos amigos e prometo vir aqui quando voltar.
Não esqueçam dos nossos anagramas. Vcs tem tempo até a minha volta.
Abraços,
Renato V.

sábado, 18 de agosto de 2007


A Raposa e a Cegonha

"A raposa e a cegonha mantinham boas relações e pareciam ser amigas sinceras. Certo dia, a raposa convidou a cegonha para jantar e, por brincadeira, botou na mesa apenas um prato raso contendo um pouco de sopa. Para ela, foi tudo muito fácil, mas a cegonha pode apenas molhar a ponta do bico e saiu dali com muita fome.
- Sinto muito, disse a raposa, parece que você não gostou da sopa.
- Não pense nisso, respondeu a cegonha. Espero que, em retribuição a esta visita, você venha em breve jantar comigo.
No dia seguinte, a raposa foi pagar a visita. Quando sentaram à mesa, o que havia para o jantar estava contido num jarro alto, de pescoço comprido e boca estreita, no qual a raposa não podia introduzir o focinho. Tudo o que ela conseguiu foi lamber a parte externa do jarro.
- Não pedirei desculpas pelo jantar, disse a cegonha, assim você sente no próprio estomago o que senti ontem.

(Quem com ferro fere, com ferro será ferido)


Temos aqui um nome:
Arneto Vitrinaoli (este é muito fácil)

Aqui, temos um espaço:
Rascunhar Podco Uso

Um lugar:
Faro Sob Gel

Meu desejo:
Imago Jase Mi Donveb

Como ninguém conseguiu decifrar, eles continuam

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Um anagrama (do grego ana = "voltar" ou "repetir" + graphein = "escrever") é uma espécie de jogo de palavras, resultando do rearranjo das letras de uma palavra ou frase para produzir outras palavras, utilizando todas as letras originais exatamente uma vez.
Agora uma graça para brincar com os amigos que me visitam.

Temos aqui um nome:
Arneto Vitrinaoli (este é muito fácil)

Aqui, temos um espaço:
Rascunhar Podco Uso

Um lugar:
Faro Sob Gel

Meu desejo:
Imago Jase Mi Donveb

Quem se habilita?



Silêncio Amoroso

Deixa que eu te ame em silêncio.
Não pergunte, não se explique, deixe
que nossas línguas se toquem, e as boas
e a pele
falem seus líquidos desejos.

Deixa que eu te ame sem palavras
a não ser aquelas que na lembrança ficarão
pulsando para sempre
como se amor e vida
fossem um discurso
de impronunciáveis emoções.

Affonso Romano de Sant’Anna

RUAS DE OUTONO
(Ana Carolina / Antônio Villeroy)

Nas ruas de outono
Os meus passos vão ficar
E todo abandono que eu sentia vai passar
As folhas pelo chão
Que um dia o vento vai levar
Meus olhos só verão que tudo poderá mudar

Eu voltei por entre as flores da estrada
Pra dizer que sem você não há mais nada
Quero ter você bem mais que perto
Com você eu sinto o céu aberto

Daria pra escrever um livro
Se eu fosse contar
Tudo que passei antes de te encontrar
Pego sua mão e peço pra me escutar
Seu olhar me diz que você quer me acompanhar


História do Perfume

Idade Antiga
Dá-se o surgimento da primeira fórmula conhecida de perfume, e isso ocorreu devido a Deus da à missão a Moisés de produzir um incenso perfumado, isso pode ser constatado numa passagem bíblica.

Idade Média
Os árabes começaram a produzir perfumes para uso pessoal e medicinal. O perfume Chega à Europa, no século XII com as cruzadas. No ano de 1370, origina-se o primeiro perfume alcoólico, produzido especialmente para a rainha Elizabeth, da Hungria.

Idade Moderna
Em 1600 se dá o surgimento dos primeiros perfumes europeus, eram sinônimos de nobreza, pois somente os reis, as rainhas e os membros da corte poderiam usar.

Idade Contemporânea
A perfumaria se desenvolve, e o perfume deixa de ser exclusividade de poucos, ou seja, a classe média passa a ter acesso a esse produto.

terça-feira, 14 de agosto de 2007


Lágrima
Amália Rodrigues

Cheia de penas me deito
E com mais penas me levanto
Já me ficou no meu peito
O jeito de te querer tanto
Tenho por meu desespero
Dentro de mim o castigo
Eu digo que não te quero
E de noite sonho contigo
Se considero que um dia hei-de morrer
No desespero que tenho de te não ver
Estendo o meu xaile no chão
E deixo-me adormecer
Se eu soubesse que morrendo
Tu me havias de chorar
Por uma lágrima tua
Que alegria me deixaria matar

Como te amo?
Deixa-me contar de quantas maneiras.
Amo-te até ao mais fundo, ao mais amplo
e ao mais alto que a minha alma pode alcançar
buscando, para além do visível dos limites
do Ser e da Graça ideal.
Amo-te até às mais ínfimas necessidades de todos
os dias à luz do sol e à luz das velas.
Amo-te com liberdade, enquanto os homens lutam
pela Justiça;
Amo-te com pureza, enquanto se afastam da lisonja.
Amo-te com a paixão das minhas velhas mágoas
e com a fé da minha infância.
Amo-te com um amor que me parecia perdido - quando
perdi os meus santos - amo-te com o fôlego, os
sorrisos, as lágrimas de toda a minha vida!
E, se Deus quiser, amar-te-ei melhor depois da morte.

Elizabeth Barrett Browning
Na concepção chinesa do mundo, o universo consiste em yang - o elemento masculino e em yin, o elemento feminino.
Em 1850, o filósofo Ralph Emerson em seu ensaio sobre a filosofia oriental, descrevia que o yin-yang estava presente na polaridade, na ação e na reação, na escuridão e na luz, no calor e no frio, no masculino e no feminino, na inspiração e na expiração, no ritmo do sangue, nas forças centrífuga e centrípeta.
Tudo na natureza é dividido, de modo que cada coisa constitui uma metade que precisa ser completada por uma outra coisa, como o espírito e a matéria, subjetivo e objetivo, interior e exterior, movimento e repouso. Os pólos se complementam entre si para que exista um equilíbrio dinâmico".
Yin e Yang são inseparáveis. Seu simbolismo é representado por um círculo dividido em duas metades iguais por uma linha sinuosa. A parte preta é yin e a outra branca, yang. Podemos observar que o comprimento da separação das cores é igual a circunferência exterior e que o contorno de cada metade yin e yang é igual ao perímetro da figura. Cada um dos elementos contém o germe do outro, na forma do ponto claro ou do ponto escuro.
Na visão cabalista, o yin-yang representa o céu e a terra, presos um ao outro abraçando-se mutuamente. Para os chineses, o yin-yang significa que o tempo (e o espaço) é "Uno", ou seja, a matéria e o espírito também. A ação de uma pessoa resulta em uma reação boa ou má. Tudo no ser é yin ou yang, com a dupla possibilidade de evolução ou involução.
Christopher Markert em seu livro Yin-yang - polaridade e harmonia em nossa vida, explica que só é possível ser feliz e ter sucesso quando se vive em sintonia com as forças cósmicas como o consciente e inconsciente, corpo e espírito, ideal e realidade, doce e salgado, direita e esquerda, dia e noite etc. Cada pólo portanto, tem valor idêntico ao outro, onde estes se complementam e se necessitam mutuamente.
Se o equilíbrio for perturbado, ambas as partes mostram o seu lado destrutivo e maléfico. A meta não é incentivar um pólo em prejuízo do outro, mas visar um equilíbrio que beneficie ambos os pólos. A vida busca o equilíbrio correspondente a cada lugar e a cada momento. Um homem pode tomar uma iniciativa na parte da manhã, e a tarde, a mulher pode ser a responsável. Ao acordar por exemplo, a pessoa pode tomar uma decisão "prática", mas a noite pode seguir a "intuição". Isto é yin e yang.
O yang é: masculino, pai, céu, deus-pai, Sol, consciente, compreensão, lógica, eu, condição desperta, cabeça, forma, ter, tensão, voltado para o exterior, decidido, risco, só, gasta energia, construtivo ou destrutivo, abstrato, ordenado, sóbrio, patriarcado etc.
O yin é: feminino, mãe, terra, mãe-terra, Lua, inconsciente, sentimento, intuição, eu interior, condição de sonho, coração, conteúdo, ser, relaxamento, voltado para o interior, segue o fluxo da vida, pacífico, atraído pela comunidade, economiza energia, cura e preserva, orgânico, fluente, sóbrio, matriarcado etc.

segunda-feira, 13 de agosto de 2007


Antes de Amar-te... (Pablo Neruda)
Antes de amar-te, amor, nada era meu
Vacilei pelas ruas e as coisas:
Nada contava nem tinha nome:
O mundo era do ar que esperava.
E conheci salões cinzentos,
Túneis habitados pela lua,
Hangares cruéis que se despediam,
Perguntas que insistiam na areia.
Tudo estava vazio, morto e mudo,
Caído, abandonado e decaído,
Tudo era inalienavelmente alheio,
Tudo era dos outros e de ninguém,
Até que tua beleza e tua pobreza
De dádivas encheram o outono.

Do desejo (trechos)
Hilda Hilst
Se eu disser que vi um pássaro
Sobre o teu sexo, deverias crer?
E se não for verdade, em nada mudará o Universo.
Se eu disser que o desejo é Eternidade
Porque o instante arde interminável
Deverias crer? E se não for verdade
Tantos o disseram que talvez possa ser.
No desejo nos vêm sofomanias, adornos
Impudência, pejo. E agora digo que há um pássaro
Voando sobre o Tejo. Por que não posso
Pontilhar de inocência e poesia
Ossos, sangue, carne, o agora
E tudo isso em nós que se fará disforme?

Quero beijar sua boca

Quero lhe beijar a boca
morder seus lábios
e brincar sua língua na minha.
Quero lhe beijar a nuca
lhe arrepiar inteiro
encostar meu peito no seu
até os corações se compassarem
as mãos entrelaçadas suarem.
Quero um abraço eterno
de guardar seu cheiro na minha pele.
Quero me queimar no seu fogo
e guardar pra sempre a cicatriz escarlate
desse nosso encontro.

Faz Amor Comigo

Faz amor comigo...
Me tira desta solidão....
Vem me mostra teu sorriso,
Quero navegar neste mar de
emoção,prazer e sedução

Quero sentir você penetrando em mim...
Me revelando as mais lindas loucuras de amor.
Faz amor comigo...
Misturando-nos ao sabor da tentação.

Só você conhece meu corpo...
E quando me toca,
Meu corpo pede o seu,
Minha vida pede a sua...
Vem...Faz amor comigo.

quinta-feira, 9 de agosto de 2007


Para meu coração teu peito basta,
para que sejas livre, minhas asas.
De minha boca chegará até o céu
o que era adormecido na tua alma.
Mora em ti a ilusão de cada dia
e chegas como o aljôfar às corolas.
Escavas o horizonte com tua ausência,
eternamente em fuga como as ondas.
Eu disse que cantavas entre vento
como os pinheiros cantam, e os mastros
Tu és como eles alta e taciturna.
Tens a pronta tristeza de uma viagem.
Acolhedora como um caminho antigo,
povoam-te ecos e vozes nostálgicas.
Despertei e por vezes emigram e fogem pássaros
que dormiam em tua alma.
Pablo Neruda
Olha-me nos olhos.
Não hesites, dá-me a tua mão. Acreditas em mim?
Acreditas que te posso levar a uma outra dimensão?
Acreditas que te posso mostrar a felicidade?
Olha-me nos olhos.
Eu sei que acreditas.
Dás-me e tua mão e sem medo deixas que eu te guie.
Apertas-me os dedos com a força de um menino
E, então, tudo é um desenho
Um desenho meu
Um prenúncio
Uma promessa
Um amor
E fazemos do desenho, no qual figuras,
Um mundo só nosso
Onde não há horas
Nem minutos fragmentados em segundos
Onde não sabes que te vejo
Sob um arco-íris de sentimentos.
Olha-me nos olhos
Não te percas de mim
Estou aqui
Para ti
Acreditas em mim?
Eu sei que sim.

Dança comigo outra e mais outra vez...


AMIZADE VIRTUAL

Às vezes me indago sobre as amizades virtuais.
Mas existirá amizade virtual?
A amizade não é um sentimento real
que cala em nosso coração
à medida em que vamos
travando conhecimento com alguém?
E o que importa que seja
através de um computador?
Eu acredito que existam
"pessoas"
do outro lado da telinha,
mesmo que nunca as tenha visto,
mesmo que nunca
tenha lhes escutado o som da voz.
Pessoas com problemas ou não,
alegrias ou tristezas,
felizes ou desesperadas,
mas com algo em comum:
sentimentos reais!
Me preocupo com elas
e sempre ao me deitar,
elevo meu pensamento a Deus
pedindo por cada uma.
Muitas dessas pessoas
simplesmente desaparecem
sem se despedir e sem deixar vestígios
e nunca consegui entender
o porquê desse procedimento.
De repente, um belo dia, sem que se espere,
elas reaparecem, saídas do nada
e retomam seu lugar,
como se nunca tivessem partido.
E nesse ponto realmente vejo que,
não importa se virtual ou real,
as pessoas são sempre iguais
em suas idas e vindas
ou com suas breves passagens em nossa vida.
E entendo mais:
que o importante não é o fato
delas irem e virem e, sim,
nós estarmos lá prontos
para recebê-las de volta
com nosso carinho, nossa compreensão e,
muitas vezes, com nosso perdão.
Rose Mori

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Tentando um novo amor
Martha Medeiros

Para curar uma dor de amor, digam o que quiserem, só conheço um remédio: um amor novinho em folha. Enquanto nosso coração não encontrar outro pretendente, ficaremos cultivando o velho amor, alimentando-o diariamente, sofrendo por ele e, no fundo, bem no fundinho, felizes por ter para quem dedicar nossos ais e nossa insônia. A gente só enterra mesmo o defunto quando outra pessoa surge para ocupar o posto.
Se isso lhe parece uma teoria simplista, toque aqui. É simplista sim. Isso de enterrar o defunto do dia pra noite só funciona quando o defunto era apenas uma paixonite, um entusiasmo, fogo de palha. Porém, se era algo realmente profundo, um sentimento maduro, aí o efeito do novo amor pode revelar-se um belo tiro pela culatra. Ele acabará servindo apenas para dar a você a total certeza de que aquele amor anterior era realmente um bem durável. E a dor voltará redobrada.
Um beijo que deveria inaugurar uma nova fase em sua vida pode trazer à tona lembranças fortes do passado, e nem é preciso comparar os beijos, apenas as sensações provocadas. Quem já vivenciou isso sabe o constrangimento que é beijar alguém e morrer de saudades do antecessor.
Um novo amor pode transformar o que era opaco em transparência: você não sabia exatamente o que sentia pelo ex, se era amor ou não, então surge outra pessoa e você descobre que sim, era amor, caso contrário não sentiria esse abandono, essa perturbação, essa forte impressão de que está fazendo uma tentativa inútil, de que não conseguirá ir adiante.
Mas o que fazer? Encarar uma vida monástica, celibatária? Nada disso. Viva as tentativas inúteis! Uma, duas, três, até que alguma delas consiga superar de vez a inquietação do passado, que venha realmente inaugurar uma nova fase em sua agenda amorosa, que deixe você tranqüilo em relação ao que viveu e ao que deve viver daqui pra frente.
No entanto, quanto mais escrevo, mais me dou conta de que não há fórmula que dê garantia para nossas atitudes, de que não há pessoa neste mundo que não possa nos surpreender, de que tudo o que vivemos são tentativas, e que inútil, inútil mesmo, nenhuma é.


Quero você

Você provoca em mim, os desejos mais secretos, faz com que meu pensamento voe e viaje por caminhos de prazer e êxtase...
Te desejo por inteiro... com toda força e carinho, com tremor no corpo e na voz e com um desejo quase insaciável de sentir você junto a mim, você tem o poder de me abalar e me fazer quase e irresponsavelmente, deixar tudo de lado e ficar com você...
Você me excita e eu gosto, gosto muito do que vejo e enlouqueço só de pensar, que está escondido.
Eu quero você...

Ontem fizemos amor, sem dúvida alguma, foi amor destes que pode mudar o destino, que se escreve em poemas e enlouquece os homens.
Não consigo descrever o sabor de seus beijos, ou a textura de sua pele, mas ainda vejo o suor gotejado em meu peito, minhas mãos enroscarem seus cabelos, a penugem de sua nuca arrepiar de prazer e seu olhar massacrar as minhas forças.
Ouvi sua voz sussurrada pedindo amor dos meus lábios e eu não hesitei um segundo se quer, senti meu corpo tremer, arder de calor e deixar o espírito escapar.
Por um momento pensei que estávamos dominados rendendo nossa alma ao prazer, senti meu coração fundir-se com o seu e acreditei chegar ao limite da satisfação absoluta.
Foi você, foi você meu amor, foi o amor que fizemos ontem. O seu carinho, sua paixão foi ao delírio e você estava ao meu lado, guiando-me, amando-me e deixando amar...


Se alguma vez te parecer
ouvir coisas sem sentido
não ligues, sou eu a dizer
que quero ficar contigo
e apenas obedeço
com as artes que conheço
ao princípio activo
que rege desde o começo
e mantém o mundo vivo
Se alguma vez me vires fazer
figuras teatrais
dignas dum palhaço pobre
sou eu a dançar a mais nobre
das danças nupciais
vê minhas plumas cardeais
em todo o seu esplendor
sou eu, sou eu, nem mais
a suplicar o teu amor
É a dança mais pungente
mão atrás e outra à frente
valsa de um homem carente
mão atrás e outra à frente
valsa de um homem carente

(Jorge de Palma)

Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus braços...

Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca... o eco dos teus passos...
O teu riso de fonte... os teus abraços...
Os teus beijos... a tua mão na minha...

Se tu viesses quando, linda e louca,
Traça as linhas dulcíssimas dum beijo
E é de seda vermelha e canta e ri

E é como um cravo ao sol a minha boca...
Quando os olhos se me cerram de desejo...
E os meus braços se estendem para ti...

(Florbela Espanca)

segunda-feira, 6 de agosto de 2007


Cerca de 1.500 peixes de 40 espécies procedentes da ilha de Okinawa são expostos em um aquário gigante no centro de Tóquio, no Japão

“LITTLE BOY”, COMEMORA 62 ANOS, HOJE.

A cidade de Hiroshima, no sul do Japão, é mundialmente conhecida por ter sofrido o primeiro ataque atômico da história. A bomba atingiu a cidade na manhã do dia 6 de agosto de 1945, e a história da humanidade nunca mais foi a mesma.
Ironicamente batizada de "little boy", (garotinho, em inglês), a bomba lançada em Hiroshima é até hoje a arma que mais mortes provocou em pouco tempo. A bomba foi lançada às 8h45 e as mortes foram praticamente instantâneas. De acordo com cientistas, bastarem dez segundos para que 130 mil pessoas morressem e 80 mil ficassem feridas.
Sua potência correspondia a 20 mil toneladas de dinamite. A explosão provocou um calor de cerca de 5,5 milhões de graus centígrados, similar à temperatura do Sol.
Após um silencioso clarão, ergueu-se uma espessa núvem de poeira e fragmentos de fissão. Uma chuva formada por gotas do tanmanho de bolas de gude caiu depois da explosão. Segundo relatos da época, era uma chuva escura, formada por um líquido pastoso. Essa chuva atingiu vegetações e reservatórios de água em regiões próximas a Hiroshima.
Prédios sumiram com a vegetação, transformando a cidade num deserto. Num raio de 2 km, a partir da área sobre a qual a bomba explodiu, a destruição foi total. Milhares de pessoas foram literalmente desintegradas. Suas mortes jamais foram confirmadas em função da falta de cadáver. Quem sobreviveu teve a saúde seriamente comprometida. O calor arrancava a roupa e a pele. No total, morreram cerca de 300 mil pessoas em conseqüência do ataque. Ou as vítimas foram incineradas pelo calor, ou morreram aos poucos com os efeitos da radiação (como o câncer).
Três dias depois, em 9 de agosto de 1945, a cidade de Nagasaki também foi atacada com uma bomba atômica. Mais uma vez, os americanos batizaram-na com ironia: "fat man" (gordo). A bomba matou cerca de 70 mil pessoas e deixou 25 mil feridas. Segundo historiadores americanos, o alto-comando dos EUA ameaçou atacar Tóquio caso o Japão não se rendesse. A destruição que um ataque nuclear causaria numa das maiores cidades do mundo era incalculável.
O imperador Hiroíto não só aceitou como propôs a rendição incondicional diante da ameaça. Depois de seis anos, a sangrenta Segunda Guerra Mundial havia finalmente terminado. Embora tenha havido vários conflitos após 1945, bombas atômicas nunca mais foram usadas em guerras. As armas continuam sendo empregadas em testes, para que países exibam seu poder (como fazem Índia e Paquistão, por exemplo).
Após conhecer o potencial de destruição das bombas, potências temem se envolver em um conflito nuclear. Isso explica por que a guerra fria sempre foi um conflito de ameaças recíprocas entre Estados Unidos e União Soviética, em vez de uma guerra nuclear de fato. Mas essa é outra história.

Alexandre Bigeli é professor e jornalista

domingo, 5 de agosto de 2007

A IMPONTUALIDADE DO AMOR
Martha Medeiros


Você está sozinho. Você e a torcida do Flamengo. Em frente a tevê, devora dois pacotes de Doritos enquanto espera o telefone tocar. Bem que podia ser hoje, bem que podia ser agora, um amor novinho em folha.
Trimmm! É sua mãe, quem mais poderia ser? Amor nenhum faz chamadas por telepatia. Amor não atende com hora marcada. Ele pode chegar antes do esperado e encontrar você numa fase galinha, sem disposição para relacionamentos sérios. Ele passa batido e você nem aí. Ou pode chegar tarde demais e encontrar você desiludido da vida, desconfiado, cheio de olheiras. O amor dá meia-volta, volver. Por que o amor nunca chega na hora certa?
Agora, por exemplo, que você está de banho tomado e camisa jeans. Agora que você está empregado, lavou o carro e está com grana para um cinema. Agora que você pintou o apartamento, ganhou um porta-retrato e começou a gostar de jazz. Agora que você está com o coração às moscas e morrendo de frio.
O amor aparece quando menos se espera e de onde menos se imagina. Você passa uma festa inteira hipnotizado por alguém que nem lhe enxerga, e mal repara em outro alguém que só tem olhos pra você. Ou então fica arrasado porque não foi pra praia no final de semana. Toda a sua turma está lá, azarando-se uns aos outros. Sentindo-se um ET perdido na cidade grande, você busca refúgio numa locadora de vídeo, sem prever que ali mesmo, na locadora, irá encontrar a pessoa que dará sentido a sua vida. O amor é que nem tesourinha de unhas, nunca está onde a gente pensa.
O jeito é direcionar o radar para norte, sul, leste e oeste. Seu amor pode estar no corredor de um supermercado, pode estar impaciente na fila de um banco, pode estar pechinchando numa livraria, pode estar cantarolando sozinho dentro de um carro. Pode estar aqui mesmo, no computador, dando o maior mole. O amor está em todos os lugares, você que não procura direito.
A primeira lição está dada: o amor é onipresente. Agora a segunda: mas é imprevisível. Jamais espere ouvir "eu te amo" num jantar à luz de velas, no dia dos namorados. Ou receber flores logo após a primeira transa. O amor odeia clichês. Você vai ouvir "eu te amo" numa terça-feira, às quatro da tarde, depois de uma discussão, e as flores vão chegar no dia que você tirar carteira de motorista, depois de aprovado no teste de baliza. Idealizar é sofrer. Amar é surpreender.

Amanhecer
(Ivone Boechat)
Levanta a cortina dos teus olhos
Contempla a maravilha do amanhecer
A vida é uma criança,esperta, bonita, inteligente
Passa correndo, é preciso ver
Acredita, enquanto há tempo:não existe dor sem alento
nem tristeza tão longe da alegria
quando a luz de cada dia,acende a vida,
iluminando o amanhecer
Não vacila, toma posse
da imensa alegria de viver.

Quando estamos sós

Quando estamos a sós, quando teu corpo enlaço e mergulho meu rosto em teus cabelos soltos, por Deus, nem sei o que sinto, o que faço.
Há em mim a confusão de desejos revoltos tendo os lábios aos teus longamente apertados, misturo em nossa boca a nossa própria vida, e ao te sentir pesar em meus braços vencida, o mundo é um caos que gira em meus olhos cerrados.
Quando encontro em meu corpo o teu corpo macio, os seios soltos, nus, frimindo no meu peito.
Abraço-te numa ânsia e depois que te estreito, sou como um tronco em queda a soltar-se num rio.
Eu te quero, te quero e te desejo.
Esse amor que me dás é uma alucinação que cega os meus sentidos.
Meus braços te enlaçando querem sempre mais, até que nossos corpos rolem confundidos...
Não há nada no mundo, eu junto a ti sou, sou franco, desprezo todos os tesouros para poder beijar o teu pescoço, desmanchar com as mãos os teus cabelos.
Sou teu, cobre-me de carícias que me sinto nú, e aperta-me a teu peito que em teus braços morro.
Te quero...

Amantes incontroláveis e distantes

Quando nos deparamos
tentamos ser bons amigos
pra nada rolar
apenas papear
mas basta um toque
que nossos corpos se unem
é inexplicável
depois de tapinhas e brincadeiras
uma chama
lá estamos
sem local , sem horas, sem pensar
um ato praticamente irresponsável
nosso guia : apenas o instinto
suas mãos apressadas e trêmulas
despindo meu corpo
respiração ofegantes
seus lábios molhados, colam aos meus
Que saudade!
Quanto tempo...
Ainda quero que me tire do sério
e seja minha insanidade
somos totalmente loucos
amantes e amados.

Ah! Esse amor proibido,
por muitos chamado "clandestino",
baila comigo sobre o infinito
a fazer-me delirar e sufocar o grito.
Ah! Esse amor proibido
me deixa em completo desatino,
fazendo-me perder a razão,
levando-me ao caminho da perdição.
Ah! Esse amor proibido
que embaralha o meu sentido!
Conto as horas para contigo estar,
sem os ponteiros do relógio acelerar.
Ah! Esse amor proibido
que dá asas ao meu sonhar atrevido,
permitindo-me em teus braços viajar
e roubar os teus beijos em qualquer lugar.
Ah! Esse amor proibido,
pelos deuses concebido,
fazendo-me sentir livre de preconceitos
e amar-te de todas os jeitos.
Ah! Esse amor proibido,
mesmo que seja bandido,
é o meu maior pecado.
Por amor será perdoado!

As horas não passam...

Hoje lembrei-me de você, lembrei-me de como é bom tê-la ao meu lado.
Quando acordei, foi como se você ainda estivesse bem ali, envolta no lençol com teu cheiro de mulher.
Senti seus cabelos sobre meu peito, e num gesto os removi lentamente.
Lembrei-me do sabor de teus beijos, do sabor dos teus lábios, e do arrepio que percorre seu corpo que tanto me excita.
Quero tua boca, quero sentir o roçar de tua pele na minha enquanto pronuncia palavras de e amor e algumas....pequenas indecências.
Ah!, que saudades de tuas mãos macias, lindas, sábias e ingênuas ao mesmo tempo.
Olho ansioso o relógio, as horas não passam, estou louco de ansiedade para que volte para mim, para tê-la em meus braços, para que possamos ir para a penumbra de nosso quarto onde o mundo é só nosso, onde nos desligamos de tudo e de todos, e nos entregamos um para o outro.

Esvaziando os armários de nossa vida
Todos os anos, há um momento em que olhamos nossos armários com um olhar crítico. Olhamos aquelas roupas que não usamos há tanto tempo. Aquelas que tiramos do cabide de vez em quando, vestimos, olhamos no espelho, confirmamos mais uma vez que não gostamos e guardamos de volta no armário.
Aquele sapato que machuca os pés, mas insistimos em mantê-lo guardado. Há ainda aquele terno caro, mas que o paletó não cai bem, ou o vestido "espetacular" ganho de presente de alguém que amamos, mas que não combina conosco e nunca usamos. Às vezes tiramos alguma coisa e damos para alguém,
mas a maior parte fica lá, guardada sabe-se lá porquê.
Um dia alguém me disse: tudo o que não lhe serve mais e você mantém guardado, só lhe traz energias negativas. Livre-se de tudo o que não usa e verá como lhe fará bem.
Acontece que nosso guarda-roupa não é o único lugar da vida onde guardamos
coisas que não nos servem mais. Você tem um guarda-roupa desses no interior da mente. Dê uma olhada séria no que anda guardando lá.
Experimente esvaziar e fazer uma limpeza naquilo que não lhe serve mais. Jogue fora idéias, crenças, maneiras de viver ou experiências que não lhe acrescentam nada e lhe roubam energia. Faça uma limpeza nas amizades, aqueles amigos cujos interesses não têm mais nada a ver com os seus.
Aproveite e tire de seu "armário" aquelas pessoas negativas, tóxicas, sem entusiasmo, que tentam lhe arrastar para o fundo dos seus próprios poços de tristezas, ressentimentos, mágoas e sofrimento. A insegurança dessas pessoas faz com que busquem outras para lhes fazer companhia, e lá vai você junto com elas. Junte-se a pessoas entusiasmadas que o apóiem em seus sonhos e projetos pessoais e profissionais. Não espere um momento certo, ou mesmo o final do ano, para fazer essa "faxina interior". Comece agora e experimente aquele sentimento gostoso de liberdade.
Liberdade de não ter de guardar o que não lhe serve. Liberdade de experimentar o desapego. Liberdade de saber que mudou, mudou para melhor,
e que só usa as coisas que verdadeiramente lhe servem e fazem bem.

TEXTO: Corrado Spallanzani

sábado, 4 de agosto de 2007




Não te quero senão porque te quero

E de querer-te a não querer-te chego

E de esperar-te quando não te espero

Passa meu coração do frio ao fogo.

Te quero só porque a ti te quero,

Te odeio sem fim, e odiando-te rogo,

E a medida de meu amor viageiro

É não ver-te e amar-te como um cego.

Talvez consumirá a luz de janeiro

Seu raio cruel, meu coração inteiro,

Roubando-me a chave do sossego.

Nesta história só eu morro

E morrerei de amor porque te quero,

Porque te quero, amor, a sangue e a fogo.

Pablo Neruda
E como se começa uma coisa que nunca se fez antes?
A verdade é que deu vontade.
Manias. Mania de juntar tudo que me chama atenção na web. Uma pasta cheia delas. Então o Juca um amigo me falou: Porque vc não coloca tudo isso em um blog?
E como se faz isso?
Bem, as lições básicas, o Juca me passou e daqui por diante é tudo comigo.
Espero que gostem Que me visitem. Que comentem.
Um abraço.