segunda-feira, 13 de agosto de 2007


Antes de Amar-te... (Pablo Neruda)
Antes de amar-te, amor, nada era meu
Vacilei pelas ruas e as coisas:
Nada contava nem tinha nome:
O mundo era do ar que esperava.
E conheci salões cinzentos,
Túneis habitados pela lua,
Hangares cruéis que se despediam,
Perguntas que insistiam na areia.
Tudo estava vazio, morto e mudo,
Caído, abandonado e decaído,
Tudo era inalienavelmente alheio,
Tudo era dos outros e de ninguém,
Até que tua beleza e tua pobreza
De dádivas encheram o outono.

Um comentário:

Saramar disse...

Olá Renato, que prazer vir conhecê-lo e encontrar tanta beleza reunida.
Não vim antes porque estava viajando, sem acesso à rede, mas espero voltar sempre.

beijos